Crenças limitantes sobre a menopausa

No segundo encontro de “Maturescência e Arteterapia”, tratamos das crenças negativas sobre a menopausa. A maioria de nós não tem noção da quantidade de ideias limitantes que guarda e nem o quanto tais pensamentos impactam nos desconfortos sentidos. A ciência já comprovou que são os nossos pensamentos que criam a realidade, inclusive a do próprio corpo, explicitando a indissociável relação corpo-mente. Nesse sentido, é importante investigar o que pensamos. Mas, como a maioria das crenças atua em nível inconsciente, te convido a ler a lista de crenças abaixo, observando como o seu corpo reage a cada uma. Mesmo que a mente racional diga que você não carrega aquela crença, o corpo pode desmentir e te mostrar uma camada oculta que tem atrapalhado a sua vida. Vamos lá?

• A mulher na menopausa perde a libido e o interesse por sexo.
• Menopausa é sinônimo de velhice
• A mulher na menopausa fica mais lente e sem energia
• Na menopausa a mulher já viveu tudo o que tinha pra viver, não tem mais projetos e sonhos
• Na menopausa a mulher tem mais é que se dedicar aos netos.
• A mulher na menopausa fica chata e enlouquecida
• A mulher na menopausa fica invisível
• A mulher na menopausa perde sua beleza

Bateu aquela angústia no peito, nó na garganta? Pois é, aquilo que pensamos vai estruturando a vida, o comportamento e claro, as emoções. Me lembrei da história da Branca de Neve, que, em suas tantas possibilidades de leitura, trata dos processos de desenvolvimento da mulher. A madrasta é o aspecto que nega o desenvolvimento natural da vida e, presa à juventude eterna, torna-se amarga e invejosa da juventude alheia. Sua vida se resume em mascarar o tempo que passa, numa autoilusão infantil, onde resta destruir Branca de Neve, a imagem da juventude que a ofende e faz lembrar que o tempo é implacável e passará de qualquer modo. Ao final do conto, a velha maldosa é a verdadeira forma da Madrasta, há anos usando subterfúgios para manter-se corporalmente jovem, já que sua alma já estava encarquilhada, sem viço e quase morta há tempos.

A imagem da Madrasta pode ser uma boa amiga que nos lembra o que não fazer, afinal a vida flui e se desenvolve em fases como a natureza. Cabe a cada uma de nós descobrir seu jeito pessoal de encarar a menopausa e seus desafios e presentes. Fingir que o tempo não passou, não vai funcionar e ainda impedirá os crescimentos, inclusive da alma e do espírito, que chegam com a maturidade. Afinal nem tudo é só Sombra, há sempre Luz, beleza e gratas surpresas no caminho.

Pra você que, diferente das mulheres dos seus antepassados familiares, chegou aos 45/50 viva (Que privilégio!) e ainda cheia de vida e sonhos, é hora de “limpar” a mente pra viver mais 30/40 anos com qualidade de vida e alegria de viver. Como primeiro passo, sugiro “positivar” as crenças acima:

• A mulher na menopausa acessa uma nova sexualidade
• Menopausa é sinônimo de maturidade
• A mulher na menopausa fica mais consciente no manejo de sua energia
• Na menopausa a mulher fica mais seletiva e assertiva e em seus poucos projetos trazem sentido pra alma.
• Na menopausa a mulher curte os netos quando quer.
• A mulher na menopausa fica sincera e autêntica (finalmente!)
• A mulher na menopausa não precisa mais ser o centro das atenções porque encontrou seu próprio centro.
• A mulher na menopausa acessa novas camadas da sua beleza.

O próximo encontro de “Maturescência e Arteterapia” acontece dia 18 de maio, quinta às 19h30 no Ateliê Umbigo de Eros (716 norte). Um espaço de informação, expressão criativa e um bom papo entre mulheres. Bora juntas?

Anasha Gelli

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